domingo, 13 de setembro de 2009

Na penumbra

Esta trémula luz,
Na penumbra da noite,
Parece aparentemente perdida,
Sem rumo aparente.
Enganam-se! Pois sim!
Esta singela luz,
Guia minha pena
Por caminhos sem fim,
Num mundo de poemas.
Alumia as palavras,
Que sofregamente escrevo,
Imagino, registo,
Debito, enfim;
Só ela me permite,
Exercer este fascínio,
Que nasce das letras,
Palavras e afins.
Trémula luz em noite misteriosa,
Que absorve os sentidos,
Hirtos, não descritos,
Apenas vagos, por vezes,
Certezas infinitas,
Em verdades resolutas,
Nunca absolutas,
Isso são segredos em mim.
Luz sem escuridão é quanto preciso…
Não importa se trémula ou brilhante,
Forte ou fraca,
Apenas a intensidade mínima,
Que faz da noite quase dia.



Vítor Fernandes

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