sexta-feira, 30 de abril de 2010

Devaneios

Toscas palavras,
Sábios caminhos,
Somos o que fazemos,
Não aquilo que queremos,
Muito menos o que querem os vizinhos.

Vidas fingidas,
Maus momentos que escolhemos,
Ramos partidos,
Sentimentos mal vividos,
Em estradas encolhidas.

Nem sei se faço sentido,
Mas também nunca quis saber.
Que raio! As palavras são minhas,
E tenho-as nas palminhas,
Nem preciso de beber.

Tristes os que não sabem,
O prazer de ser alguém,
Não falar e ser ouvido,
Não espremer e ser espremido,
Ter pai e não ter mãe.

Este poema é bom ou mau?
Nem sei, nem tal me interessa,
Não sou bruxo nem mago,
Prémios? Deixo-os para o Saramago,
Quando muito para a Vanessa.

Meus amigos, isto sou eu,
Sei o que digo, não sei que faça,
Entretanto o tapete salta,
Não percebo esta malta,
Nem sequer de que cor é a taça.

No final estamos sempre juntos,
Uns felizes, outros nem tanto,
Consciência, pesada ou leve,
Dependendo do cada um deve,
Seja ele diabo ou santo.


Vítor Fernandes

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