domingo, 4 de abril de 2010

Ah! Como eu gostava…

De minha varanda vejo o sol,
Mudo, quieto, enfim, colorido,
Como só ele, em manhã límpida,
E fresca, do dia a começar a raiar.

Ah! Os pássaros.

Chilreiam incessantemente,
De forma veemente,
Seu canto nesta manhã singela.

Ah! Se todos os dias fossem como este.

Belo, sem artifícios, singelo,
Com sequiosos olhares pelo horizonte,
Descobrindo uma cena inoportuna,
Algo que não era para ver,
Coisas que fazem sofrer.

Ah! Vida tão estranha.

Correm sem parar as pessoas lá fora
Em colunas ambivalentes e dementes,
Loucas para a algum lado chegar,
Num constante divagar.

Ah! Se eu mandasse no tempo.

Parava tudo!
Qual sindicalista em êxtase,
No exercício do seu delírio
De poder exacerbado.

Ah! Se nós quisermos mudar alguma coisa.

Será que basta dar as mãos?
Ou apenas os pensamentos?
Tentar não é de somenos…



Vítor Fernandes

3 comentários:

  1. Tentar efectivamente "não é do somenos"...

    Gostei... da poesia!

    Parece bem!!!

    :)

    Gti

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  2. Embora nem toda a gente tente...
    :)

    Vítor F.

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  3. Não concordo...

    Todos tentamos.... mas á nossa maneira!

    lol

    :)

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