O sabor do nada, o além,
Algo que floresce nos lábios, sofridos
Que se desprende em alguém,
Onde nascem sonhos floridos.
Querer o saber que não se tem.
Conheço a vertigem, dura
De percorrer o infinito, sozinho
Em que nenhuma alma perdura,
Sem conhecer o rosto de seu vizinho.
Através da viagem, o conhecimento.
Sensação de paixão, pela vida
Algures entre o dia e a noite, alcança
Um caminho numa avenida,
Tão forte como numa suave dança.
Chegar sem saber se é ali.
Doce arrivar do sonho imenso,
Na boca de quem arrisca, sem medo
Tudo o que pode ter suspenso,
Talvez demasiado cedo.
É um rochedo que mora no final.
Vítor Fernandes
Sem comentários:
Enviar um comentário