A lua vai alta no céu,
Ao longe tinem os sinos de papel,
O marechal cruza seu véu,
Verbo e vivacidade marginal.
Mafarrico glamoroso,
Gentleman infiel,
Abstraído do seu séquito,
Qual ave de rapina.
Gesticula com o infinito,
Absorve o ar que o rodeia.
Palpitante arte nos seus actos,
Movimentos giratórios, galanteios,
Madura forma de transição.
(Tudo é arte, mas guerra não)
No sopé da montanha pulula,
Acelerando sua verdasca,
Em direcção a qualquer palonço,
Melhor ou pior do que ele, insonso,
Com esplendorosa tira de madrepérola.
Severo, sereno a visar,
Como um texto por revisar,
Atinge o vitral em girassol,
Na intensa e fresca maré.
Palpar, sem poder olhar,
Amar, sem sequer respirar,
Na verdade...
(Tudo é arte, mas guerra não)
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