domingo, 16 de agosto de 2009

Bucólico

Na berma da estrada,
Vejo passar um búfalo,
Com indiferença bufar,
Dono de sua coutada.
Este papalvo espreita,
Num passeio rocambolesco,
A forma de um bueiro,
Algures entre um pinheiro.
Bucolista sou,
Ah! Aquela camoesa,
Com todos os seus berloques,
Moldados como plasticina,
É algo que me fascina.
Paro. Abro o farnel,
Sinto-me sonolento,
Ao olhar o farol.
Ouve um desfalque naquela dorna,
Disso tenho certeza,
A mediania aqui impera.
Vou montar meu rocinante,
Tocar minha viola,
Dorminhoco não serei,
Nem uma farpa de qualquer auto,
Me atingirá o dorsal.

Vítor Fernandes

Sem comentários:

Enviar um comentário