segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Durmo ainda

Longas noites são estas que passo,
Nos teus braços,
Ou nos meus,
Sabendo apenas que são braços,
Que aquecem
Ou arrefecem,
Consoante o dia em que se encontram.
Respiro lentamente teu perfume,
Rasgo de suave brisa em meu olfacto,
Sinto-te perto.
Nos braços que me abraçam desperto,
E adormeço dias sem conta.
Esta luz que sobra no final do teu olhar,
Raio de sol que parece afagar,
Meu espírito,
Quase um nada,
Como se minh' alma fosse um poço,
Em que um simples braço mergulha,
E encontra,
Um leve e lânguido acordar,
Quando já nada há para recordar.
Durmo...


Vítor Fernandes

1 comentário:

  1. vitor

    lindo!

    e onde melhor se pode estar do que nuns braços que sejam nosso refúgio?

    ... saber q o mundo gira, algures, sem precisar de nós, esquecidos...

    parabéns e bjs, f.

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