quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Fascínio da noite

A noite já vai alta.
Neste vazio assombroso,
Divago no nada, que já foi,
Digo adeus às estrelas,
Como quem pára o universo,
Travesso,
Com mil mistérios a seu cargo.

Seria melhor tentar dormir,
Ou apenas fingir algo semelhante.

Escrever acontece-me...
Meu cérebro não pára de pensar,
Estou louco para o conseguir controlar.
Seria tão mais fácil!
Olho lá fora, a lua deslumbrante,
Dançando com o céu, altivo,
Em seus gestos desconcertantes.
A noite domina-me,
Não tenho mais explicações,
Para as constantes divagações,
Entre mim e o céu, o céu e as estrelas,
Cometas até...
Nasci de noite.
A chave pode ser essa;
De dia consigo pensar em nada,
Ficar alegre com a tristeza nos braços,
Dizer o que sinto sem pensar que minto,
Mas a noite...
Ah! A noite domina-me.


Vítor Fernandes

1 comentário:

  1. :)
    sinto o que diz mas como se fosse num "negativo", já que em mim é o dia que domina, e nem tenho a desculpa de ter nascido de manhã.

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